No mês de outubro de 2023, foi lançado o livro "Gentileza de SER: Vidas Idosas Importam – Solidariedade, Empatia e Respeito. Projetos e Ações por Todo o Brasil" em formato digital. O lançamento ocorreu no mesmo ano de comemoração dos 20 anos do Estatuto da Pessoa Idosa (Lei 10.741/2003). O e-book está disponível gratuitamente para instituições, sociedade civil e interessados na temática da longevidade.
A iniciativa foi organizada por Kélvio Luís e Sara Sales, com o apoio da Editora Rolimã e da Respirar Consultoria. Nesta edição do Gentileza de SER, o objetivo é compartilhar boas práticas desenvolvidas por profissionais e voluntários, buscando incentivar e oferecer ideias que possam impactar positivamente a população idosa.
Cada capítulo foi escrito por um profissional ou voluntário, totalizando nove capítulos. Destaca-se que alguns dos autores são pessoas idosas, evidenciando na prática a importância da participação ativa da velhice na sociedade. Um dos capítulos foi escrito pela gerontóloga Tássia Chiarelli e intitula-se “O poder do digital para conectar as idades: canal no YouTube Longevidade para Todos”.
Se interessou pelo e-book? Abaixo, constam trechos do capítulo da Gerontóloga Tássia para dar uma prévia do conteúdo que te espera.
Começo o meu texto fazendo uma pergunta: qual é o aspecto fundamental para viver mais e com qualidade? Talvez a sua resposta tenha sido a atividade física, ou então a alimentação. Quem sabe você tenha pensado na espiritualidade ou no envolvimento em atividades sociais. A lista é longa! Também poderíamos incluir nessa relação a questão da saúde mental, segurança, trabalho, direitos, finanças, acessibilidade, moradia, e assim por diante. Contudo, a meu ver, existe um fio condutor que permeia todos esses atributos: a educação. A educação possibilita que tenhamos atitudes positivas para a concretização de cada um desses aspectos levantados acima.
A educação abre portas, provoca revelações e possibilita uma conexão mais empática consigo, com o outro e com o mundo. Educação está relacionada com inclusão, participação e empoderamento. Educação é o caminho para uma longevidade mais sustentável. Quando pensamos em envelhecimento, ainda temos muito a aprender. Por quê? Você já viu alguma escola de longevidade por aí? Pois é!
A educação para o envelhecimento ainda ocorre em espaços limitados, para poucas pessoas, quando consideramos a grandiosidade e diversidade do Brasil. O preocupante é que enquanto a educação não chega para todos, continuamos envelhecendo. O envelhecimento não espera, ele é contínuo. Enquanto você lê este texto, também está envelhecendo. Por isso, trago mais questionamentos: como está sendo a qualidade do envelhecimento para a maioria dos brasileiros? As pessoas pensam e se preparam para esse processo? E mais: As pessoas aceitam esse processo? Qual é a percepção que a sociedade tem sobre a velhice e ser velho?
É preciso repensar e reestruturar uma sociedade que envelhece, uma sociedade que está em transformação e que ainda sabe pouco sobre seu próprio processo de envelhecimento. Porque envelhecer é novidade e está cercado de dúvidas, mitos e inquietações. Novamente, argumento sobre a força da educação, porque ela se revela como antídoto ao preconceito etário, conhecido como etarismo ou idadismo. O saber, quando aliado à empatia e à ética, estimula o desenvolvimento de uma cultura de paz e respeito para todas as idades. Nesse sentido, fundamentada na premissa de que a educação é a principal ferramenta para difundir a gerontologia, senti a responsabilidade de agir. E fiz: criei o canal no YouTube denominado “Longevidade para Todos”.
Para ler o restante do capítulo, acesse o e-book. Clique aqui.