Vendo esse sorriso, você logo pensa: que pessoa adorável!
#sóquenão
Marla, que personagem!
Eu fiquei com vontade de conhecê-la mais...
Uma personagem que te deixa indignada pela falta de empatia e amor ao tratar as pessoas idosas (ou quem cruzar o seu caminho!!!). Ao mesmo tempo, toda a sua disposição em não sentir medo, querer ganhar custe o que custar, me passou a impressão de que isso veio de uma origem doída.
Quando a mãe de Marla é ameaçada de morte e a personagem não se importa com o destino da mãe (até a chamou de sociopata nessa cena), eu fiquei tentando montar um quebra-cabeça imaginário sobre sua trajetória de vida. Como deve ter sido a vida de Marla até chegar ali?
É claro que isso não autoriza alguém a fazer maldade com os outros, nem quer dizer que todas as pessoas com problemas nas relações familiares farão atrocidades. Entretanto, me fez pensar: se a relação entre Marla e sua mãe tivesse sido diferente, mais harmoniosa, amorosa ou humana; será que ela teria mais empatia ao se relacionar com pessoas idosas? Será que Marla se projetaria naquela frase "poderia ser minha mãe"?
Nessa "rede de laço e nó social", trago provocações sobre algumas inquietações que mexeram comigo:
A gente tem implementado programas e ações que incentivam trocas reais entre gerações?
Quais métricas nós temos utilizado para entender o impacto do apoio intergeracional?
Como a gente tem conversado sobre uma cultura de paz para todas as idades?
Essas questões remetem ao serviço que ofereço, dê uma olhada na página "Atuação" para conferir. Daria para ficarmos conversando apenas sobre esses paralelos, de tantas possibilidades que têm, porém precisamos voltar ao objetivo principal do artigo...
#focanofilme:
Outro ponto do filme que salta aos olhos é o potencial mercado da longevidade. No filme, esse modelo de negócio é mostrado de maneira negativa. Por outro lado, dá para fazer um "link" com a nossa realidade:
O filme nos mostra toda uma cadeia de serviços sendo oferecida para a pessoa idosa que não precisa disso. Sabemos que uma cadeia de cuidados de longa duração deve existir, bem como, é uma das prioridades da Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030), preconizado pela OMS e ONU. Inclusive, os cuidados de longa duração precisam ser oferecidos considerando disponibilidade, acessibilidade, aceitabilidade e qualidade. Contudo, esse tipo de cuidado não serve para todas as pessoas idosas...
Outras soluções para o mercado da longevidade precisam ser estimuladas e apoiadas para que as pessoas possam viver sua velhice com alegria, propósito, capacidade funcional, honrando o potencial de cada ser. Tem muita velhice diferente para ser atendida!
Termino relembrando o nome do filme: eu me importo. Com o que você se importa? Como você deseja que as pessoas se importem contigo quando você ficar velh@? Precisamos nos importar com "as velhices e as longevidades", esse é um caminho para todos nós.
Bora se importar mais! Compartilhe, aqui comigo, suas impressões sobre o filme e, é claro, sobre a Marla.