Capítulo analisa como os territórios urbanos podem favorecer ou dificultar o envelhecimento digno

A reflexão faz parte do livro colaborativo “Gentileza de Ser - Vidas Idosas Importam” que reúne profissionais da gerontologia em iniciativas pela longevidade

 “Gentileza de Ser - Vidas Idosas Importam” chega à 4ª edição e inspira um novo olhar sobre o envelhecer com propósito e sensibilidade. O e-book reúne 16 profissionais de diferentes áreas e convida à reflexão sobre longevidade, cuidado e a importância da gentileza nas relações humanas.

Nesta edição, a gerontóloga Tássia Chiarelli contribui com o capítulo “ENVELHECER NA CIDADE: QUANDO OS TERRITÓRIOS CONSTROEM HISTÓRIAS DE VIDA”, no qual propõe uma reflexão sobre a influência do território na experiência de envelhecer. O texto convida leitoras e leitores a observarem que envelhecer não é apenas um processo biológico, mas também geográfico, social e afetivo, atravessado pelas condições do lugar onde se vive.

“Vivemos majoritariamente em cidades, mas nenhuma cidade é igual à outra. E, dentro de uma mesma cidade, as condições de vida podem variar imensamente. Em São Paulo, por exemplo, a idade média ao morrer é de 82 anos nos bairros Jardim Paulista e Itaim Bibi. Já no distrito do Anhanguera, esse número cai para 59 anos (Rede Nossa São Paulo, 2023). Isso revela o quanto o território influencia diretamente o envelhecimento: no mesmo município, pode-se viver mais de duas décadas a menos, dependendo de onde se mora. Em regiões marcadas por desigualdades, envelhecer é, antes de tudo, um ato de resistência.”

A partir dessa perspectiva, o capítulo discute pertencimento, desigualdades urbanas e os desafios das cidades brasileiras em garantir espaços que acolham e que possibilitem que a velhice seja vivida com dignidade, mobilidade e direito à vida plena.

Acesse o livro:

SOBRE O LIVRO “Gentileza de Ser - Vidas Idosas Importam”

Lançado em referência ao Dia Internacional da Pessoa Idosa e ao Dia Mundial da Gentileza, o livro chega à sua 4ª edição como uma iniciativa editorial que reafirma o poder transformador da empatia, do cuidado e do respeito no processo de envelhecer.

A coletânea reúne 16 profissionais de diferentes áreas, entre médicos, psicólogos, gerontólogos, fisioterapeutas, comunicadores, jornalistas, historiadores, fonoaudiólogos, logoterapeutas, assistentes sociais, pedagogos e musicoterapeutas, que compartilham experiências, práticas e reflexões sobre o envelhecer no Brasil contemporâneo.

Com 15 capítulos, o livro apresenta histórias, experiências e práticas que mostram como o envelhecimento pode ser vivido com dignidade, alegria e saúde integral. O propósito da obra é destacar iniciativas e trajetórias de profissionais que se dedicam a construir uma sociedade mais acolhedora, consciente e respeitosa com o valor da vida em todas as idades.

Organização: Kélvio Luís M. Silva e Fernanda Morais